quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O peso das mãos que antecipam os braços (ou o contrário?)

É no meio de uma imensidão de braços dados que são construídas as veias verdes em que correm o sangue quente e borbulhante de gente que se preocupa (pré-ocupa, se ocupa com algo de antemão, você sabe, né?) com a próxima gente. A próxima gente é você. Você que não se preocupa com a amizade de sua amizade. Mesmo que ela, a amizade de sua amizade, sinta algo por você. Preocupar não é ocupar outros espaços. Eu queria ver beleza em tudo, mas pra isso, os espaços precisam estar ocupados. Sei lá, ainda não consigo ver beleza em buracos vazios. E se eu vou à praia, não é com a areia que eu vou brincar primeiro. Eu tenho um mar bem na minha frente, me regurgitando todas as suas tonalidades. Eu construo o meu castelo com mãos leves, mas cheias de tato, e que sentem falta da imensidão de braços dados. Só que antes da brincadeira começar, eu sempre gosto de encharcar o que esteja aberto com água salgada. Tocar a areia com mãos que já atiraram o mar dentro dos buracos me parece mais proveitoso pro agora e pro depois. O castelo me disse que acha isso também.

3 comentários:

Camiula Monteiro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Camiula Monteiro disse...

"beleza em buracos vazios"...
interessante =)

. disse...

Adoro seus textos dá pra atualizar? :P


Ay.