sexta-feira, 12 de junho de 2009

Disco novo da Iguana na praça (suja)


Vai ser ainda lançado pro mundo oficialmente, mas a ansiedade musical de muitos ancorada nesse fruto da modernidade que eu considero ser uma liberdade anárquica interrompe o processo de espera que teria seu fim no dia 25/06/2009. Vaza na internet o novo álbum de um dos homens mais polêmicos, atrevidos, influentes e dançantes que já se propuseram a mexer nessa colméia com a alcunha de Rock 'n' Roll riscada na casca: Iggy Pop.

Como a maioria da galera deve saber, eu sou fã incondicional do velho rapazote mostrador de pentelhos e ex-auto-flagelador. Se a palavra "punk" consegue abranger alguma gama de significados e possibilidades, é em Iggy Pop que ela o consegue com maior propriedade. E fervor! Pra deixar a mistura pronta pra explodir!

Acabo de escutar esse álbum-bebê entitulado "Preliminaires" e confirmo algumas críticas que li feitas a ele. É um álbum MUITO diferente da música que Iggy sempre fez. Tá tudo num viés de calmaria e luxo, ao contrário da acidez agressiva e passional característica de anos da Iguana. Muito pouco de rock puro, e muito de jazz, música francesa, blues e até um versão em inglês pra "Insensatez" do Tom Jobim! Muito bom! Iggy já vinha vez ou outra passeando por esses caminhos jazzísticos - que logo me lembram pessoas bebendo, fumando e jogando poker em Las Vegas - há um tempo. Mas nada muito concreto. Agora parece que ele resolveu pôr todas as cartas do baralho na mesa. E joga bem o cara, viu?

Taí o link pra entrar pro grupo de usurpadores prévios da (ainda) iguaria (link provavelmente temporário sabendo-se que já já dão fim nele):

http://www.downloadingall.org/2009/05/d-download-iggy-pop-preliminaires-2009

Se joguem!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Semi-mentos

"Tudo o que você deseja nessa vida independe do que existe." - ele ouviu o seu semi-amigo dizer.
"Cara, eu até concordaria com você se eu não achasse que as duas coisas não são desgarradas" - imediatamente retrucou.

Ao passar pela rua anteontem atravessada em meio a carros desgovernados dirigidos por motoristas febris (todos eles, sem excessões), ele dispunha de uma auto-confiança que por vezes era súbita, menos vezes do que era constante. Naquela hora, a imprevisibilidade desse sentimento não serviu de nada, mas durante uma sessão com sua psicóloga de anos, situação essa que costumava ser comportadora de sua auto-confiança em seu caráter constante, ele percebeu o quão positivamente disruptivo pode-se ser ao sentirmos coisas novas.

Dentro de casa, 2 dias antes de sua consulta, sua semi-amiga justificou o seu desgarro. A culpa foi da cama quebrada há meses ou da repentina decisão de conserto? Ela respondeu.